Autores com obras publicadas na Coleção Bisonte

sábado, 17 de setembro de 2016

BIS120. O provinciano

 
(Coleção Bisonte, nº 120)
 
Lazaro Galindo, um perito em cavalos, chegou a São Francisco com a mãe com o objetivo de começar uma nova vida de trabalho naquilo que melhor conhecia. Chegado de Salinas, terra onde parecia não haver maldade, em breve foi tido por «provinciano» e sujeito a todo o tipo de aldrabices cometidas pelos miseráveis que pululavam na cidade.
A amizade entabulada com uma pequena, filha de boas famílias, mas a quem os pais tinham sido assassinadas, fez com que ultrapassasse alguns problemas, mas ao mesmo tempo fê-lo cair nas más graças de um indivíduo poderoso interessado na jovem.
Finalmente, a sua extrema parecença com um criminoso fez com que fosse perseguido pela lei e Lázaro acabou por desesperar ao ver que a sua esperança numa nova vida naquela terra onde o ouro transformava a vida das pessoas de um momento para o outro não tinha correspondência na realidade.
Cesar Torre tem aqui um livro onde explora bem o caráter do provinciano, onde mais uma vez o criminoso surge no indivíduo impoluto de quem ninguém suspeito, mas a dada altura introduz personagens secundárias para encher texto que o tornam um tanto insuportável.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

BIS119. A cidade contra o herói

 
 
(Coleção Bisonte, nº 119)
 
Este livro é a continuação de «Prémio Sangrento» e «A fuga do condenado». Franklin Murray e a jovem esposa, Dianna Gallen, vão passar uns dias a São Francisco e ele resolve levá-la a um restaurante chinês. No local, acaba por desencadear-se monumental conflito com dois arruaceiros onde o jovem cow-boy mostra o valor dos seus punhos e a sua rapidez com as armas. Deste conflito, resultou forte amizade com o dono do restaurante, Chang Hu, a quem, passados anos, Murray acabou por contratar como cozinheiro para o seu rancho.
Mas não foi apenas Chang Hu quem foi habitar o rancho de Murray, mas um número significativo de chineses, pessoas a quem a população local detestava ainda mais do que aos índios já que estes eram considerados valentes guerreiros.
O ambiente em torno de Franklin Murray tornou-se bastante desagradável e os conflitos voltaram agora contra a população que um dia venerara o seu herói e agora não conseguia reconhecer a igualdade entre seres humanos.
Trata-se de mais um livro de Vasco Santos que se disfarça sob o pseudónimo V. Saint Kasymir, mais uma vez explorando o contacto entre culturas diferentes.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

BIS118. Seis quadrilheiros

(Coleção Bisonte, nº 118)
Will Dewey era um vaqueiro errante à procura de trabalho. A presente novela surpreende-o a caminho de Winslow onde pensava haver trabalho montado no seu fiel cavalo «Red». Mas um grupo de seis quadrilheiros intercetou-o e, depois de se apoderar de toda a sua fortuna, setenta e dois dólares, proveniente do seu último contrato, resolveu deixá-lo de mãos atadas em cima do cavalo, corda ao pescoço. O fiel «Red» não se moveu até que um inesperado índio convertido à fé cristã libertou o vaqueiro.
Will, cheio de gratidão, partiu para o seu destino, o rancho dos Mac Leane que, segundo o seu novo amigo, podia dar-lhe trabalho. Mas mais uma vez os seus intentos foram frustrados. Do rancho nada restava depois da passagem dos quadrilheiros. Ou melhor, restava uma jovem que, salva por Will, o contratou para a acompanhar na perseguição aos malvados. E apartir daqui, desenrola-se uma nova história para o valente «cow-boy».
Eis um belo livro de O.C.Tavin, um livro com uma bela capa que, como tal, merece ser lido por inteiro pelo que o vamos disponibilizar no «Novelas».


Leia Seis quadrilheiros (Versão Integral)

terça-feira, 13 de setembro de 2016

BIS116. Do mesmo sangue


(Coleção Bisonte, nº 116)

Intenso…

É o mínimo que pode dizer-se desta novela da Coleção Bisonte. Fel Marty tem enorme capacidade para entrar pela mente das suas personagens e descodificar-nos tudo o que lhes vai pela alma nos mais diversos momentos.

A novela nem começa muito bem com aquela viagem dos irmãos John e Pat a caminho do Dakota do Norte. Depois, vai ganhando em conteúdo e interesse. Os anseios de John, um homem honesto, trabalhador e valente, são contrapostos aos de Pat, um vilão, um cobardolas.

Mas a voz do sangue é muito forte.

Pat transformou-se num batoteiro pago por um facínora que explorava um «saloon» e dominava na cidade através de meios menos honestos. John assumiu as funções de xerife e dedicou-se de alma e coração a impor a lei e a ordem.

Para quem se viraria Pat no momento decisivo?

Durante muito tempo, Pat deixou-nos na dúvida, ao sobrevalorizar a sua ambição de enriquecimento rápido, mas, no momento decisivo, a voz do sangue foi a mais forte e John foi transportado por ele às costas, através do deserto para regressar para junto da sua noiva.

Esta novela vai ter publicação integral em Novembro de 2021 com a estrutura que segue:

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

BIS115. Quatro cavaleiros de negro

(Coleção Bisonte, nº 115)
Eram quatro cavaleiros que vestiam de negro. Eram quatro cavaleiros que, na noite escura, percorriam montes e vales e castigavam todos aqueles que abusavam dos mais fracos. Um deles, o «Escorpião», era totalmente obedecido pelos restantes. De identidade desconhecida, poderoso com o «Colt», sabia relacionar-se com a Lei e desenvolver ações para anular criminosos.
É neste contexto que o autor nos traz o acto cobarde da família Zale contra um pobre criador de ovelhas mexicano. Soto foi vilmente assassinado quando, por descuido, alguns dos seus animais entraram no terreno da poderosa família. A partir desse momento, quatro cavaleiros de negro desenvolvem forte ação contra os criminosos que culminaram na vergonhosa morte do mais velho… por medo.
As passagens que hoje aqui deixamos não puderam ser postas em texto devido à má impressão que neste momento caraterizava os livros da APR a qual torna impossível o reconhecimento de carateres. Note-se ainda uma certa semelhança de estilo deste autor com A.G.Murphy, sendo que algumas passagens fazem lembrar o magnífico «Não sou um foragido».


sábado, 3 de setembro de 2016

BIS114. A dama do rio

(Coleção Bisonte, nº 114)
Este livro é algo parecido com «Morte no rio» na coleção Colorado de que já falámos. Também aqui, uma dama crioula, de beleza invejável, ganha a sua vida num barco. Também aqui, depois da guerra, um nortista entra no barco e conhece esta mulher que o impressiona profundamente.
Que levaria Mogar a escrever livros tão parecidos? Não é que as obras sobre o Oeste não sejam todas parecidas, mas estas têm demasiadas situações em comum, depois de serem tão diferentes das restantes.
Tencionávamos disponibilizar este livro por inteiro, mas um incidentedesconhecido fez com que ao mesmo faltassem várias páginas. Assim, limitamo-nos a algumas passagens iniciais.

Passagens


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

BIS113. A volta do pistoleiro

(Coleção Bisonte, nº 113)


Lex Mulford voltou à terra natal 10 anos depois de dali ter saído para se alistar com o objetivo de participar na guerra civil que devorava os Estados Unidos. Senhor de um espírito bélico assinalável, conseguiu afirmar-se como soldado e, no fim, resolveu aventurar-se pelo país, tendo ganho fama notável como pistoleiro disponível para abater indivíduos de poucos escrúpulos. Quando alguém falava em «O Inexorável» todos sabiam que de alguém muito temível se tratava.
Mas Lex resolveu descansar e quis voltar à sua terra. Aí soube que o seu pai tinha sido morto em circunstâncias estranhas, encontrou a sua mãe cega e reviu a sua antiga namorada. Decidiu esclarecer as circunstâncias em que o pai foi morto e em que condições o seu rancho tinha passado para as mãos do cacique Michael Farmer que dominava tudo e todos.
Eis uma narrativa muito interessante de Kent Wilson da qual vamos extrair uma passagem relativa ao reencontro de Lex com a sua antiga namorada, Myrna.

PAS669. O pistoleiro reencontra a mulher amada

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

BIS111. Traição Fatal

(Coleção Bisonte, nº 111)
A ação desta novela passa-se no Estado da Califórnia num momento em que esta ainda não tinha sido integrada na União e em que eram conflituosas as relações entre aqueles que pretendiam a sua ligação ao México, a sua consolidação como estado independente e a sua integração nesse espaço mais vasto.
Esse formidável conflito levou a que um respeitável mexicano (Ensenada) reunisse um conjunto de homens com o objetivo de criar os mais problemas aos «Ianques».
Joe Stickwell, um homem de sangue mexicano e descendente de uma irlandesa foi vítima de formidável traição por um companheiro que era ajudante do xerife de Erva Boa. Este, num momento em que ele fora mobilizado para dar caça a um malfeitor, retirou as balas da pistola que ele iria utilizar, procurando que a ação não lhe saísse bem de forma a ver-se livre dele. Mas um imprevisto de última hora acabou por fazer com que o seu próprio filho fosse encarregado dessa tarefa, acabando o mesmo por levar a arma que ele tinha descarregado.
A morte do jovem foi impossível de uma explicação e todas as suspeitas recaíram sobre Stickwell o qual teve de fugir e acabou por se integrar no grupo de Ensenada sem perder a vontade de esclarecer o que se tinha passado. As balas que o traiçoeiro ajudante de xerife tinha retirado da arma foram-lhe sendo enviadas uma a uma com mensagens incitando-o a dizer a verdade. A última bala seria a que o levaria para o paraíso.
Cesar Torre aparece aqui numa fase muito produtiva da sua carreira com uma novela muito interessante, um bom retrato do conflito que naqueles anos dividia a Califórnia.
Passagens:


Leia Traição Fatal (Versão INtegral)

terça-feira, 5 de abril de 2016

BIS110. Tiros na noite

(Coleção Bisonte, nº 110)
Samuel Cassley era o dono e senhor de Walburg. Mais de metade das terras pertencia-lhe e sob as suas ordens trabalhava mais de meia centena de homens. Até cinco anos antes, a maior riqueza de Walburg era a agricultura e o gado; mas com a descoberta de petróleo tudo tinha sofrido uma grande transformação. Os terrenos que Cassley tinha arrendados a diversos agricultores foram resgatados e uma verdadeira legião de homens chegados dos mais diversos pontos do país transformaram da noite para o dia os férteis campos em terrenos onde se iam fazer perfurações por onde se extrairia o precioso líquido que enriquecia o subsolo da povoação.
Várias pessoas recusaram-se a sair das terras. Mas Cassley possuía meios mais do que suficientes para obrigar os seus ocupantes a obedecer. E uns atrás dos outros foram renunciando aos seus direitos, submetendo-se às pretensões de Sam Cassley.
Somente o velho Conway se negou a sair das sua terras. Estava em dia com o pagamento e esperava que ao fim de cinco anos as terras fossem suas. Mas a soma relativa ao ano transato não tinha sido satisfeita porque uma bala disparada da sombra sobre as costas de Conway tinha-o matado.
Cassley contratou os técnicos necessários e os trabalhos começaram em ritmo acelerado. Mas MacPearson, o engenheiro que dirigia os trabalhos de perfuração tinha sofrido um grave acidente e tinha sido transportado para Denver, e internado num hospital. O próprio MacPearson encarregou um amigo de procurar um novo engenheiro para continuar os trabalhos de sondagem enquanto ele estivesse doente. A pessoa escolhida tinha sido Alan Skenton. Skenton recebeu ordem de se pôr imediatamente a caminho e de se apresentar a Cassley para receber a confirmação do seu emprego.
Ao chegar perto de Walburg, Alan depara com uma tentativa de violentação de uma jovem que vivia numa cabana nas proximidades. Ajuda-a a libertar-se do agressor e a partir daí resolve protege-la, sentindo enorme atração por ela. No entanto, a sua surpresa foi grande ao saber que o agressor era o indivíduo que o queria contratar.
A novela desenrola-se através da luta que Alan desencadeia para ajudar Ethel, mas Ó Mallley traz-lhe mais uma surpresa na pessoa de um homem que também não era indiferente à jovem e esta vai manifestando progressivamente mais reservas à ligação a Alan. Que se passaria? Qual o segredo da linda professora?
Eis um livro da Bisonte com passagens muito interessantes, mas onde há excesso de tiroteio e situações de violência, tornando-o, no seu conjunto, um pouco inverosímil.
Passagens:






quarta-feira, 30 de março de 2016

BIS107. Mãos traidoras


(Coleção Bisonte, nº 107)


«Nas suas longas viagens pelas montanhas, os pesquisadores de ouro não costumavam usar os cavalos como meio de locomoção. Os cavalos não só caíam com muita frequência, como se negavam em absoluto a passar pelos estreitos e escarpados caminhos que os solitários (mineiros tinham de percorrer para alcançar os ribeiros onde por vezes apareciam os tão desejados «coloors». Por isso davam a preferência a resignados burros que carregavam com o material necessário para ias explorações, indo eles a pé e à frente dos animais.
Nunca houvera um pesquisador tão otimista que se lembrasse de levar consigo um saco destinado a armazenar o ouro que viesse a encontrar, isto porque nenhum deles acreditava muito que essa possibilidade se viesse a verificar.
Quando a sorte bafejava um desses homens, competia ao asno transportar a fortuna que o dono tinha encontrado. E, nessa altura, lá vinha o pobre bicho ajoujado ao peso duma carga pessimamente distribuída por tudo que servisse para transportar o valioso metal: sacos de víveres, bacias de lavar minerais, peneiras de passar a areia, latas de conserva, o que calhava.»
É neste contexto, que Cesar Torre nos descreve a vida dupla de um médico que se dedicava a salvar a vida das pessoas, granjeando por isso elevada simpatia coletiva, mas que se dedicava a organizar assaltos aos desprotegidos pesquisadores ao ter conhecimento que estes transportavam algo através da troca de mensagens transportadas por pombos. As  mãos que salvavam eram também mãos traiçoeiras…
Um dia a sua atividade foi descoberta ela mulher que se tentou afastar, tendo sido sujeita a violento assalto e abatida. E o tempo foi passando, pensando o médico passar impune pelos seus crimes, até que alguém chegou à cidade e tudo se modificou. 

Passagens:



sábado, 26 de março de 2016

BIS106. Dança dos "Colts"

(Coleção Bisonte, nº 106)
Um nobre escocês, senhor de razoável fortuna, que reivindicava para si a qualidade de ascendência real, estabeleceu-se no Oregon, onde construiu ume espécie de fortaleza protegida por homens armados a partir da qual realizava os seus negócios e geria os seus projetos. O seu poder era de tal ordem que dominava as próprias autoridades sendo detestado pela população em geral.
O asco do povo ao nobre aumentou quando o filho concluiu o curso de engenharia, regressou à cidade, e o nobre, convencido que era o paladino da civilização, decidiu avançar com um projeto de instalação do caminho de ferro que iria interferir com as explorações dos populares e com o território dos índios.
Desenhou-se a partir daqui particular resistência com dois campos bem definidos. Os populares contrataram uma série de pistoleiros para combater o projeto, conseguindo ainda o apoio dos índios, mas, após um conjunto de peripécias, o autodenominado arauto da civilização conseguiu implementar as suas ideias.
Nesta história, pouco credível mas engraçada, intervém ainda uma jovem com substancial destreza com as armas, que se veio a descobrir ter sangue azul nas veias, a qual foi personagem chave para eliminar o terrível chefe dos pistoleiros.
Passagens:






Leia «Dança dos Colts». (Versão Integral)



segunda-feira, 21 de março de 2016

BIS105. Matar ou morrer

(Coleção Bisonte, nº 105)
«Matar ou morrer» é mais um livro onde Raf G.Smith exibe as suas caraterísticas mais conhecidas: fanfarronice estúpida no herói principal, neste caso, Harry Aldon e aguçado instinto para a intriga policial desenhada a partir de um assassínio com caraterísticas de muita crueldade e sucessiva lista de suspeitos até se chegar ao culpado, muitas vezes, alguém que nem força tinha para matar uma formiga. A linguagem do autor é ainda típica de um provincianismo saloio, com diálogos sem nexo, e denunciando o modo como ele próprio falaria com os seus conterrâneos, afastando-se assim de uma linguagem do Oeste.
Dito isto, este livro, contemporâneo do «Vingança Trágica» publicado na Búfalo e de uma importante sequência na Cow-Boy, até é interessante, mas nada traz de novo em relação ao autor.
A capa, denunciando uma situação pela qual a heroína Celeste foi obrigada a passar pelo seu noivo que ela acusava de assassínio, é excelente. A pobre foi abandonada na noite e um tratador de porcos divertiu-se a imitar uivos de coiote para a aterrorizar.
Aqui vão ficar algumas passagens de «Matar ou morrer»: Harry, chamado a Fresno pois alguém suspeita que Celeste vai ser lesada, é acusado de assassinar um irmão desta e enceta a luta para demonstrar a sua inocência e reconquistar a mulher armada. Vejam lá se descobrem quem foi a frágil criatura que matou o irmão da beldade.

Passagens: